ANIVERSÁRIO DA DIOCESE


Embora a história da Igreja em Nova Iguaçu tenha cerca de 4 séculos e conte com figuras importantíssimas, como o Pe. João Much e o Monsenhor Arthur Hartmann, somente com a criação da DIOCESE DE NOVA IGUAÇU, em 1960, pelo então Papa João XXIII, começou-se a delinear os traços que a marcaram e a caracterizam como é atualmente.
Nesses 42 anos de história diocesana, tivemos 4 bispos e estamos no aguardo da nomeação do próximo pelo Papa João Paulo II, sob a administração de Pe. Costanzo Bruno. Os dois primeiros bispos, D Walmor (1960-1961) e D. Honorato (1961-1966), trabalharam na instalação da nova Diocese, que contava, à época de sua criação, com apenas 37 igrejas e capelas. Foi com D. Adriano (1966-1994) que a Diocese de Nova Iguaçu foi ganhando o seu “rosto”.
D. Adriano Hipólito trabalhou na estruturação da Diocese, marcando seu episcopado com a construção de importantes obras, como o Centro de Direitos Humanos, o CEPAL, o Mosteiro das Clarissas, a Casa de Oração Fr. Jordão Mai, o Seminário Paulo VI, o Centro de Formação, só para citar algumas; desenvolveu uma série de obras sociais, como a Cáritas Diocesana, o Curso de Formação Social, o Centro Sócio-político, a AVICRES ; convocou o Primeiro Sínodo Diocesano (1987-1992) e teve papel relevante na história do Brasil ao defender os direitos de tantos perseguidos políticos durante o período de governo de nosso país pelos militares (1968-1985), o que levou a seu famoso seqüestro (1976) e à explosão de uma bomba no sacrário da Catedral Santo Antônio de Jacutinga (1979).
Já em um novo contexto político brasileiro, D. Werner Siebenbrock deu continuidade e aprofundou o trabalho iniciado por D. Adriano, ampliando sua ação pastoral a todas as classes, acolhendo com o mesmo carinho e atenção desde o mais humilde fiel que o procurasse até os políticos e empresários, preparando a Diocese de Nova Iguaçu para sua entrada no Novo Milênio, sem exclusões. Sua penetração tanto nas classes populares e como nas dirigentes foi sua grande conquista, pois batalhou junto a estes últimos pela justiça social para beneficiar o povo.
Fruto do imenso trabalho desses bispos, dos sacerdotes e dos leigos, e, principalmente, pelo apoio do povo da Baixada Fluminense, a Diocese de Nova Iguaçu conta hoje com cerca de 50 paróquias e 320 comunidades, nas quais trabalham aproximadamente 70 padres, 15 diáconos, 80 religiosas, 2300 ministros e ministras de Batismo, Comunhão, Palavra, Esperança e Testemunhas Qualificadas de Matrimônio, além de 3000 catequistas. A preparação da liturgia envolve mais de 1600 pessoas; cerca de 4000 jovens e adolescentes distribuem-se em 260 grupos jovens; 7000 pessoas participam semanalmente de 700 grupos de círculos bíblicos e de núcleos missionários. A Renovação Carismática Católica reúne aproximadamente 3000 pessoas e os movimentos históricos, como Legião de Maria, Apostolado da Oração, Vicentinos, Congregação Mariana, Ordem Terceira Franciscana e Liga Católica, cerca de 5000 membros. Como instrumentos de comunicação para a unidade da Diocese, publica-se mensalmente o jornal CAMINHANDO, existe um site na Internet, dois programas semanais na Rádio Catedral do Rio de Janeiro e 2 colunas semanais em jornais locais.
Dividida em 7 Regiões Pastorais, nossa Diocese abrange os municípios de Nilópolis, Mesquita, Nova Iguaçu, Belford Roxo, Japeri, Queimados e Paracambi, além do Distrito de Conrado, compreendendo 1 milhão e seiscentos mil habitantes, dos quais 1 milhão se declara católica, mas, paradoxalmente, apenas 60 mil freqüentam assiduamente a missa dominical, subindo esse número para 150 mil se contarmos as participações eventuais.
Enfim, nesses 42 anos de história da Diocese de Nova Iguaçu, muita coisa foi feita além das enumeradas acima e muito ainda precisa ser feito em nome do Reino de Deus que Jesus veio anunciar. Por isso queremos ser Igreja da Nova Aliança: fraterna, missionária, ministerial e solidária com os pobres, como reafirmou, em relação ao Primeiro Sínodo Diocesano, a Assembléia Diocesana realizada nos dias 15, 18 e 19 de novembro do ano 2000, e convocada pelo nosso então Bispo, D. Werner.
Que o Espírito de Cristo nos ilumine, acompanhe, proteja e encoraje sempre em nossa caminhada diocesana a fim de conseguirmos vencer, aqui na Baixada Fluminense, todas as formas de exclusão, de pobreza, de desemprego, de violência, de corrupção, de carência, gerando, assim, um mundo novo e uma civilização de amor, uma sociedade justa, fraterna, solidária, igualitária e humana. Assim seja!

23/03/2002

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