O povo santo de Deus, talvez por falta de orientação, confunde constantemente sacramento com sacramental, dando até mesmo mais valor a este último do que ao primeiro. É comum, por exemplo, após a Comunhão Eucarística (sacramento), pessoas pedirem água benta (sacramental) para benzer-se, não fazendo, como deveria, a experiência de Deus na Eucaristia.
Os sacramentais são sinais sagrados instituídos pela Igreja para despertar a fé das pessoas, auxiliar as devoções e preparar para administrar os sacramentos, e não para substituí-los. Não têm o mesmo valor nem a eficácia dos sacramentos, mas são usados e recomendados pela Igreja para o bem do povo de Deus. Ao contrário dos sacramentos, que são apenas 7 e têm matéria e forma, os sacramentais não têm número definido e podem ser um objeto (crucifixo, velas, escapulários, etc.) ou um ato (bênção, oração).
O óleo que será abençoado e distribuído na missa do dia 05 de agosto[1] próximo não é o mesmo utilizado na Unção dos Enfermos e não confere a graça divina. Esse óleo é um sacramental que deve ser usado devotamente pelo povo, apenas como sinal para despertar a fé e prepará-lo para a recepção dos sacramentos realizados por Deus através de Jesus Cristo na Igreja.
julho de 2001
[1] Refere-se à primeira missa realizada pelo Pe. Geraldo Magalhães na Catedral de Nova Iguaçu, com administração da Unção dos Enfermos (sacramento) às pessoas em condições de recebê-la, na qual foram distribuídos pequenos frascos com óleo bento (sacramental) a todas as pessoas presentes.
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