A Diocese de Nova Iguaçu encontra-se em festa nesta semana em que a Igreja festeja Santo Antônio, padroeiro não só da Diocese, mas também da nossa Catedral e de diversas de nossas paróquias.
Santo Antônio nasceu em Lisboa, Portugal, e foi batizado com o nome de Fernando. Recebeu o nome religioso de Antônio e começou a destacar-se como pregador, logo que se ordenou sacerdote, em 1222. Conta-se que, durante a refeição solene em comemoração à sua ordenação, precisou-se se alguém para falar, mas ninguém havia preparado um discurso. Antônio então tomou a palavra e deixou todos os presentes impressionados com o seu amplo conhecimento da Sagrada Escritura e da doutrina da Fé, além de sua capacidade intelectual, facilidade de expressão e profunda humildade e piedade.
Foi enviado para o norte da Itália e para a França, a fim de pregar em lugares onde a heresia havia se espalhado. Em Pádua, na Itália, onde viveu apenas os últimos 4 anos de sua vida, suas qualidades concederam-lhe a fama de santo. Sua presença na cidade italiana transformou completamente a vida local: antigas hostilidades cessaram, inimigos fizeram as pazes, coisas roubadas foram devolvidas, os direitos foram garantidos, as exploração dos usurários foi abolida, a vida espiritual desenvolveu-se com a participação maciça do povo nas celebrações eucarísticas e nas confissões.
Quando morreu, no dia 13 de junho de 1231, aos 36 anos, foi chorado durante 4 dias por uma multidão e seu sepultamento foi acompanhado pelo bispo, pelo clero e pelo povo, numa homenagem jamais feita a qualquer outro filho da cidade, por mais ilustre que fosse. Graças à sua fama de santidade, apenas dez meses após sua morte, Antônio foi canonizado pelo papa Gregório IX.
Quando seus restos mortais foram trasladados para a então quase concluída Basílica de Pádua, em 1263, verificou-se que a língua do santo, instrumento de sua pregação, permanecera incorrupta, enquanto o resto de seu corpo, à exceção dos ossos, estava reduzido a pó. Frei Boaventura de Bagnoregio, responsável pelo traslado do corpo de Antônio, cheio de veneração mostrou a língua do santo ao povo e exclamou: “Ó língua bendita, que sempre louvaste e fizeste louvar ao Senhor, agora se vê como foram grandes os teus méritos junto de Deus!”
Em 1944, o papa Pio XII declarou Santo Antônio Doutor da Igreja, o “Doutor Angélico”.
No mundo atual, em que parecem faltar exemplos de vidas baseadas em valores evangélicos de amor, justiça e fraternidade, conhecer a vida dos mais diversos santos e santas de nossa Igreja alimenta a nossa esperança e a nossa fortaleza para construirmos um mundo melhor e mais justo para todos. Todas as pessoas que a Igreja beatificou ou canonizou viveram intensamente a sua época, com todos os seus problemas, com todas as suas injustiças, com todas as suas perseguições, lutando, às vezes ao custo da própria vida, para concretizar o Reino de Deus aqui na terra, cada um a seu modo, com seu carisma: com a clausura, com o trabalho missionário, com o amor à Eucaristia, com a oração constante, com o trabalho social, com a vida em família, com o estudo, com a pregação...
No caso de nosso padroeiro, Santo Antônio, ele não brilhou apenas por seus conhecimentos e por sua inteligência, mas principalmente pela santidade de vida, pelo amor a Deus e aos irmãos, o que o torna exemplo para nós de seguimento a Jesus. Na festa de Santo Antônio, roguemos juntos a sua intercessão por nós junto à Trindade Santa.
15/06/2002
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